- O Brasil foi classificado como o quarto país mais mortal do mundo para defensores do meio ambiente em 2024, segundo relatório da Global Witness.
- Foram registrados 12 assassinatos de ativistas ambientais, uma queda em relação às 25 mortes de 2023.
- O relatório também apontou um aumento nas ameaças, com 481 tentativas de homicídio, sendo 44% direcionadas a indígenas e mais de 27% a comunidades quilombolas.
- A América Latina concentra 82% dos assassinatos de ativistas ambientais globalmente, com pelo menos 142 assassinatos registrados em 2024.
- A maioria das vítimas no Brasil eram pequenos agricultores e indígenas, e muitos casos permanecem sem solução.
O Brasil foi classificado como o quarto país mais mortal do mundo para defensores do meio ambiente em 2024, segundo um relatório da Global Witness. O documento, divulgado em 17 de setembro, registrou 12 assassinatos de ativistas ambientais no país, uma queda em relação às 25 mortes de 2023. No entanto, o relatório destaca um aumento nas ameaças e tentativas de homicídio, com 481 tentativas de assassinato relatadas, sendo 44% delas direcionadas a indígenas e mais de 27% a comunidades quilombolas.
A América Latina continua a ser a região mais afetada, com 82% dos assassinatos de ativistas ambientais ocorrendo lá. Globalmente, pelo menos 142 ativistas foram assassinados em 2024, com outros quatro ainda desaparecidos. O relatório revela que, em média, três pessoas foram mortas ou desapareceram a cada semana ao longo do ano.
No Brasil, a maioria das vítimas eram pequenos agricultores e indígenas, além de um ativista negro. Desde o início dos registros, pelo menos 413 defensores da terra e do meio ambiente foram assassinados ou desapareceram no país. Os autores desses crimes frequentemente pertencem a grupos criminosos, embora também haja registros de envolvimento de forças de segurança estatais. A maioria dos casos permanece sem solução.
Apesar da diminuição no número de assassinatos, a Global Witness alerta que os dados podem estar subestimados, já que muitos ataques não são denunciados. A organização enfatiza a importância dos defensores do meio ambiente na proteção dos ecossistemas, afirmando que a falta de proteção a esses ativistas não só coloca vidas em risco, mas também compromete as metas globais de combate à crise climática.