- Belém do Pará se prepara para a COP30, com foco na Amazônia e nas comunidades tradicionais.
- O projeto Escola Floresta Ativa, da Fundação Toyota do Brasil e do Projeto Saúde e Alegria, impactou 16 mil pessoas em Santarém.
- A iniciativa promove bioeconomia, inclusão digital e capacitação em energia solar, com resultados significativos.
- A produção de sementes de andiroba aumentou em 150%, e a produção de mel cresceu de 230 para 1.000 unidades.
- A inclusão digital beneficiou mais de 6 mil pessoas, com sessenta e uma localidades agora conectadas à internet.
Com a COP30 se aproximando, Belém do Pará se destaca como um centro de discussões sobre clima e justiça climática, especialmente em relação às comunidades tradicionais da Amazônia. Nesse contexto, o projeto Escola Floresta Ativa, desenvolvido pela Fundação Toyota do Brasil em parceria com o Projeto Saúde e Alegria (PSA), tem promovido mudanças significativas na região de Santarém.
Em seu primeiro ano, o projeto impactou 16 mil pessoas em 318 comunidades tradicionais, focando em bioeconomia, inclusão digital e capacitação em energia solar. Segundo Roberto Braun, presidente da Fundação Toyota do Brasil, a iniciativa representa o maior investimento da fundação em qualificação profissional na Amazônia. “Estamos construindo caminhos para que essas populações participem ativamente das decisões sobre o futuro da floresta e do planeta”, afirmou.
Os resultados são expressivos. A produção de sementes de andiroba aumentou em 150%, elevando a receita dos produtores de R$ 38 mil para R$ 95 mil. A produção de mel também teve um crescimento notável, passando de 230 para 1.000 unidades, resultando em uma receita quatro vezes maior. A capacitação de mulheres no mercado de energia solar, por meio do curso Eletricistas do Sol, garantiu autonomia técnica e reduziu a dependência de profissionais externos.
Impacto Ambiental e Econômico
A instalação de sistemas de energia solar coletiva aumentou em 60%, beneficiando 7,5 mil pessoas e reduzindo em 90% o uso de diesel poluente. Essa ação não só melhora a sustentabilidade ambiental, mas também gera economia e maior independência energética para as comunidades remotas.
Além disso, o projeto incentiva o turismo de base comunitária como uma alternativa para a geração de renda. Na comunidade Vista Alegre, localizada na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, pousadas e restaurantes registraram um aumento de 84% no faturamento entre 2024 e 2025. A iniciativa também inclui ações de reflorestamento e capacitação em diversas áreas, como manejo de viveiros e gestão hoteleira.
Inclusão Digital
A inclusão digital é outra frente importante do projeto. Sessenta e uma localidades agora têm acesso à internet, beneficiando mais de 6 mil pessoas. Essa conectividade fortalece a gestão comunitária e amplia as oportunidades de comercialização dos produtos locais.
A segunda fase do projeto está prevista para ser lançada em 2025, com novos cursos voltados à bioeconomia, colocando as comunidades tradicionais no centro das soluções ambientais. A iniciativa não apenas promove a sustentabilidade, mas também empodera as comunidades amazônicas em um momento crucial para o futuro do planeta.