- A cúpula climática da ONU ocorre em Nova York, destacando o aumento da produção de combustíveis fósseis, apesar do Acordo de Paris.
- O relatório “Informe de la Brecha de Produção 2025” aponta que a produção projetada para 2030 supera em 120% o necessário para limitar o aquecimento a 1,5 graus Celsius.
- Cerca de 110 países participarão do evento, mas a União Europeia apresentará apenas uma declaração de intenções.
- O secretário-geral da ONU, António Guterres, convocou a cúpula para discutir novos planos climáticos, com foco nas metas até 2035.
- O relatório revela que 17 dos 20 maiores produtores de combustíveis fósseis planejam aumentar a produção até 2030, incluindo China, Estados Unidos e Rússia.
A cúpula climática da ONU, que acontece em Nova York, levanta preocupações sobre o aumento da produção de combustíveis fósseis, mesmo com o compromisso global do Acordo de Paris. O relatório “Informe de la Brecha de Produção 2025” indica que a produção projetada para 2030 supera em 120% o necessário para limitar o aquecimento a 1,5 graus Celsius.
Cerca de 110 países participarão do evento, mas a União Europeia apresentará apenas uma declaração de intenções, o que diminui sua credibilidade. O secretário-geral da ONU, António Guterres, convocou a cúpula para discutir os novos planos climáticos, conhecidos como NDC, que devem estabelecer metas até 2035. A expectativa é que a China apresente um novo plano, embora detalhes sobre sua ambição ainda sejam incertos.
O relatório destaca que 17 dos 20 maiores produtores de combustíveis fósseis planejam aumentar a produção até 2030. Entre eles estão China, Estados Unidos e Rússia, que juntos representam 80% da extração global. Apesar de alguns avanços nas energias renováveis, a dependência contínua de combustíveis fósseis é alarmante.
Os autores do estudo enfatizam que os planos atuais não apenas comprometem os objetivos do Acordo de Paris, mas também contradizem as expectativas de que a demanda por carvão, petróleo e gás atingiria seu pico antes de 2030. A cúpula ocorre em um momento crítico, com a divisão interna na UE e a ausência dos Estados Unidos, que se afastaram do acordo sob a administração de Donald Trump.
Além das questões climáticas, a cúpula também abordará a proteção dos oceanos, com a entrada em vigor do tratado de alta mar, que requer a ratificação de 60 países. A situação atual destaca a necessidade urgente de ação global coordenada para enfrentar a crise climática e proteger os recursos naturais.