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Líbano enfrenta a pior seca da história, ameaçando alimentação e biodiversidade

Cerca de 1,17 milhão de libaneses já enfrentam insegurança alimentar devido à seca severa e à contaminação da água disponível

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Imagem aérea do lago Qaraoun, em agosto de 2025, mostrando a redução dos níveis de água em um lago artificial na região do Vale de Bekaa, no Líbano (Foto: Reprodução)
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  • O Líbano enfrenta a pior seca da sua história, agravando a crise hídrica e a insegurança alimentar.
  • Os níveis de água no lago Qaraoun caíram de 153 milhões para 57 milhões de metros cúbicos em um ano.
  • Agricultores relatam que a escassez de água torna a agricultura insustentável, com a irrigação de um hectare levando uma semana.
  • Cerca de 1,17 milhão de libaneses já enfrentam insegurança alimentar, com previsão de aumento para 1,24 milhão até 2025.
  • A contaminação da água e os altos custos de abastecimento, que chegam a mais de 300 dólares por mês para algumas famílias, complicam ainda mais a situação.

Líbano enfrenta a pior seca da sua história, agravando a crise hídrica e a insegurança alimentar. A situação se intensificou com a drástica redução dos níveis de água no lago Qaraoun, que caiu de 153 milhões para 57 milhões de metros cúbicos em um ano. Especialistas apontam que a má gestão das autoridades e as mudanças climáticas são fatores cruciais para essa crise.

Agricultores, como George Rizkallah, relatam que a escassez de água tem tornado a agricultura insustentável. Ele afirma que, enquanto antes irrigava 10 dunums em um dia, agora leva uma semana para irrigar apenas 1 hectare. A insegurança alimentar já afeta cerca de 1,17 milhão de libaneses, com previsões de que esse número possa aumentar para 1,24 milhão até 2025.

O abastecimento de água para as famílias é outro desafio. Muitas enfrentam a escolha entre viver sem água ou pagar preços exorbitantes. Jinan Sami, uma residente, relata que sua família gasta mais de 300 dólares por mês em água, um valor equivalente ao salário mínimo no país. A situação é ainda mais complicada com a contaminação da água disponível, tornando-a imprópria para o consumo.

A crise hídrica também afeta a economia local. As centrais hidroelétricas conectadas ao rio Litani estão fechadas, resultando em cortes de energia em diversas cidades. A seca severa tem levado à morte de peixes em piscifatoras e à diminuição da biodiversidade em áreas como o lago Qaraoun, que agora enfrenta uma infestação de cianobactérias tóxicas.

A Autoridade do Rio Litani alerta que o Líbano entrou em uma fase de grave estresse hídrico. Medidas urgentes são necessárias para controlar o consumo de água e implementar políticas sustentáveis. O cenário atual exige uma resposta coordenada para evitar um colapso ainda maior na segurança hídrica e alimentar do país.

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