- Flavia Stricker, soprano brasileira, conquistou uma vaga na Casa de Ópera de Zurique, uma das mais prestigiadas do mundo.
- Após enfrentar dificuldades na Alemanha durante a pandemia de Covid-19, incluindo um divórcio, ela se dedicou ao canto lírico.
- Flavia se recuperou de um acidente que causou lesões e crises de pânico e venceu o Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas.
- Ela planeja estrear como solista em Singapura e deseja promover a ópera brasileira internacionalmente.
- A soprano destaca a importância do autocuidado e da resiliência em sua trajetória artística.
Flavia Stricker, soprano brasileira de 30 anos, conquistou uma vaga na Casa de Ópera de Zurique, uma das mais renomadas do mundo. Sua trajetória, marcada por desafios, inclui uma passagem difícil pela Alemanha durante a pandemia de Covid-19, onde enfrentou o divórcio e a solidão. A soprano, que possui formação em Música pela Universidade Estadual de Londrina, encontrou na música uma forma de reerguer-se.
Após um acidente que resultou em lesões e crises de pânico, Flavia se recuperou e venceu o Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas, um dos mais importantes da América Latina. Com isso, ela planeja estrear como solista em Singapura, onde espera promover a ópera brasileira. “Quero trazer compositores brasileiros para o cenário internacional”, afirma.
Flavia começou sua jornada na ópera de forma inusitada. Ao se mudar para a Alemanha, ela buscou um visto de estudante e, sem recursos, começou a estudar canto lírico. Com o apoio de professores, destacou-se em competições e conseguiu um agenciamento que a levou a uma audição na Ópera de Zurique. “Ser aprendiz em uma das maiores casas de ópera do mundo me preparou rapidamente”, diz.
Apesar do sucesso, a soprano enfrentou novos desafios. Após uma queda que causou lesões no braço, Flavia ignorou a dor e voltou ao trabalho, o que prejudicou sua voz. “Eu queria ser a ‘fortona’, mas isso afetou minha saúde”, relata. Após um período de recuperação no Brasil, onde recebeu apoio familiar, ela voltou a Zurique renovada e focada em sua recuperação.
Flavia agora se dedica a um tratamento adequado e já passou por uma cirurgia no tendão do bíceps. Com planos de voltar aos palcos, ela reflete sobre a importância do autocuidado e da resiliência. “Estou aprendendo a respeitar meus limites”, conclui. A soprano se prepara para sua estreia em Singapura, enquanto sonha em dar visibilidade à ópera brasileira e inspirar novos talentos.