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Predador jurássico usava nadadeiras para capturar suas presas com astúcia

Estudo revela que nadadeiras do Temnodontosaurus possuíam adaptações que aumentavam a furtividade na caça, otimizando sua locomoção subaquática.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Reconstrução da vida do grande ictiossauro jurássico - Joschua Knüppe (Foto: Joschua Knüppe)
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  • Um estudo recente revelou que o Temnodontosaurus, um ictiossauro do Jurássico, possuía nadadeiras com “silenciadores” estruturais.
  • A descoberta foi feita em um fóssil raro encontrado na Alemanha, que preservou tecidos moles.
  • As nadadeiras, que podiam chegar a dez metros de comprimento, apresentavam um formato semelhante a asas de avião.
  • A pesquisa sugere que as bordas serrilhadas das nadadeiras poderiam reduzir a turbulência, permitindo um nado mais silencioso e eficiente na caça.
  • O paleontólogo Bruno Gonçalves Augusta destacou a importância da descoberta, embora ressalte a necessidade de cautela ao generalizar comportamentos a partir de um único fóssil.

Um novo estudo revela que o Temnodontosaurus, um ictiossauro que habitou os mares durante o Jurássico, possuía nadadeiras com “silenciadores” estruturais. Essa adaptação, descoberta em um fóssil raro, permitia ao predador aumentar sua furtividade na caça. O artigo foi publicado na revista Nature nesta quarta-feira, 16.

O fóssil, encontrado durante obras na Alemanha, corresponde a uma nadadeira frontal do Temnodontosaurus, que viveu há cerca de 180 milhões de anos e podia atingir até dez metros de comprimento. Os pesquisadores, liderados por Johan Lindgren, da Universidade de Lund, notaram que a preservação de tecidos moles, como pele e músculos, revelou características inovadoras nas nadadeiras.

Estruturas Inovadoras

As nadadeiras eram mais longas do que os ossos sugeriam, com um formato semelhante a asas de avião. A borda dessas estruturas apresentava um aspecto serrilhado e um sistema de reforço cartilaginoso, denominado condrodermas. Essa combinação de flexibilidade e resistência poderia otimizar a locomoção subaquática do ictiossauro.

Os pesquisadores sugerem que as pontas serrilhadas poderiam funcionar como as asas das corujas modernas, reduzindo a turbulência e permitindo um nado mais silencioso. Isso facilitaria a aproximação de presas, como lulas e polvos extintos, ao diminuir a emissão de sons em águas profundas.

Importância da Descoberta

O paleontólogo Bruno Gonçalves Augusta, especialista em répteis aquáticos, destaca a relevância da descoberta. Fósseis de ictiossauros com tecidos moles preservados são raros, especialmente em espécimes grandes. Augusta observa que, embora a hipótese sobre a furtividade seja interessante, é necessário cautela ao generalizar comportamentos a partir de um único fóssil.

A pesquisa abre novas possibilidades para entender a evolução e as adaptações dos ictiossauros, revelando como esses superpredadores se tornaram eficazes em seus ambientes marinhos.

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