- O Brasil iniciou a conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN) nesta quarta-feira.
- O estado, que dependia de usinas termelétricas fósseis, poderá desligar gradualmente essas instalações.
- A interligação foi viabilizada pela finalização do linhão de transmissão Manaus-Boa Vista.
- O governo estima uma economia de R$ 600 milhões anuais e uma redução superior a 1 milhão de toneladas de CO₂ por ano.
- O projeto, que custou R$ 2,6 bilhões, pode permitir a importação de energia de países vizinhos, como Venezuela e Guiana.
O Brasil deu um passo significativo nesta quarta-feira ao iniciar a conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com isso, o estado, que até então dependia exclusivamente de usinas termelétricas fósseis, poderá desligar gradualmente essas instalações. A interligação foi possibilitada pela finalização do linhão de transmissão Manaus-Boa Vista, um projeto que enfrentou diversos obstáculos, incluindo questões de licenciamento ambiental.
A nova conexão trará benefícios econômicos e ambientais. O governo estima uma economia de R$600 milhões anuais com a redução da compra de combustíveis para as termelétricas. Essa mudança não apenas aliviará a conta de luz dos consumidores, mas também contribuirá para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, com uma previsão de redução superior a 1 milhão de toneladas de CO₂ por ano.
Durante a cerimônia de lançamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da interligação elétrica, afirmando que poucos países possuem um sistema elétrico tão integrado quanto o Brasil. Ele também mencionou a possibilidade de expandir essa integração para outros países da América do Sul, aproveitando o potencial hídrico da região.
Impactos no Setor Energético
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que o linhão de 724 quilômetros de extensão pode escoar mais energia do que a demanda atual de Roraima. Isso abre a possibilidade de importação de energia de países vizinhos, como Venezuela e Guiana. O projeto, conhecido como Linhão de Tucuruí, envolveu investimentos de R$2,6 bilhões e é gerido pela Transnorte Energia, uma concessionária controlada pela Eletrobras e Alupar.
A conexão de Roraima ao SIN representa um avanço crucial para a segurança energética do estado e promete impulsionar o desenvolvimento econômico local, permitindo a instalação de novas indústrias. Com essa nova fase, o Brasil se aproxima de um sistema elétrico mais robusto e sustentável.