- Ana Botín, presidente executiva do Banco Santander, afirmou que cordialidade é essencial em fusões e aquisições na Europa, especialmente diante de um ambiente regulatório considerado excessivo, em entrevista ao programa Wall Street Week, da Bloomberg TV.
- O Santander já aplicou essa estratégia em dois movimentos de setenta vinte e cinco: a aquisição da unidade TSB do Banco Sabadell e a venda da sua unidade polonesa ao Erste Group Bank.
- Esses passos contrastam com desafios de concorrentes como Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), que não teve aprovação para uma oferta hostil pelo Sabadell, e UniCredit, que desistiu de proposta pelo Banco BPM.
- Botín destacou que a Europa está se distanciando dos Estados Unidos por causa da regulação e de impostos, defendendo maior capacidade de empréstimo para sustentar o crescimento econômico.
- Ela afirmou que a falta de crescimento é o maior risco para o setor bancário e que menos regulação poderia ajudar a impulsionar o avanço europeu, com sinais de estabilidade no consumidor americano em inadimplência de veículos.
A presidente executiva do Banco Santander, Ana Botín, destacou a importância da cordialidade nas fusões e aquisições (M&As) na Europa. Em entrevista ao programa Wall Street Week da Bloomberg TV, ela afirmou que negócios amistosos são essenciais em um ambiente regulatório considerado “excessivo”. Botín enfatizou que a abordagem cooperativa tem se mostrado mais eficaz em comparação com tentativas de aquisições hostis.
O Santander já demonstrou essa estratégia ao realizar duas transações significativas em 2025: a aquisição da unidade TSB do Banco Sabadell e a venda de sua unidade polonesa para o Erste Group Bank. Esses movimentos contrastam com os desafios enfrentados por concorrentes, como o BBVA, que não conseguiu aprovação para uma oferta hostil pelo Sabadell, e o UniCredit, que desistiu de sua proposta pelo Banco BPM devido à resistência regulatória.
Desafios Regulatórios
Botín também abordou o impacto das regulamentações e impostos na competitividade europeia, afirmando que a Europa está se distanciando dos Estados Unidos. Segundo a executiva, a falta de crescimento é o maior risco para o setor bancário. Ela defendeu a necessidade de uma maior capacidade de empréstimo para que os bancos possam contribuir de forma mais efetiva para o crescimento econômico.
Além disso, a executiva observou que, apesar das dificuldades, o consumidor americano apresenta sinais de estabilidade, com taxas de inadimplência em empréstimos de automóveis mantidas em níveis normais. Botín concluiu que a ambição é crucial para que a Europa possa fechar a lacuna em relação aos Estados Unidos, sugerindo que menos regulamentação poderia impulsionar o crescimento econômico na região.