- A inteligência artificial (IA) está mudando a dinâmica do trabalho, especialmente para a Geração Z.
- Estudos mostram que o uso de IA acelera tarefas, mas também resulta na perda de empregos de nível básico.
- O analista de produtos Richard Bedats, de 26 anos, utiliza ferramentas de IA para otimizar suas análises de dados.
- Pesquisadores da Universidade de Stanford indicam que o emprego para jovens de 22 a 25 anos caiu 13% em áreas expostas à IA.
- Quase 60% dos jovens trabalhadores afirmam usar IA mensalmente, mas muitos ainda realizam tarefas que podem ser automatizadas.
A adoção da inteligência artificial (IA) no ambiente de trabalho está transformando a dinâmica profissional, especialmente entre a Geração Z. Estudos recentes indicam que, embora a IA esteja acelerando tarefas e permitindo que jovens trabalhadores assumam responsabilidades mais complexas, também está contribuindo para a perda de empregos de nível básico e habilidades essenciais.
Richard Bedats, analista de produtos de 26 anos, utiliza IA diariamente em sua função em uma empresa de registros eletrônicos de saúde. Ele relata que, ao usar ferramentas como o Google Gemini, consegue realizar análises de dados em minutos, economizando tempo e melhorando a qualidade de seus relatórios. Com essa economia de tempo, ele pode se aprofundar mais em suas conclusões antes de seguir para a próxima tarefa.
Pesquisadores da Universidade de Stanford destacam que, desde o lançamento do ChatGPT, o emprego para jovens de 22 a 25 anos em áreas mais expostas à IA, como desenvolvimento de software e atendimento ao cliente, caiu 13%. Em contrapartida, o emprego aumentou para trabalhadores mais velhos e em funções menos suscetíveis à automação. Embora a IA tenha ampliado oportunidades em setores como enfermagem, as perdas gerais de empregos ainda são preocupantes.
A utilização de IA está crescendo nas empresas americanas, com 9,7% relatando seu uso para produção de bens e serviços, um aumento em relação a 5,5% do ano anterior. Quase 60% dos jovens trabalhadores afirmam usar IA mensalmente, mas muitos ainda realizam tarefas rotineiras que podem ser automatizadas. A eficiência da IA está desafiando o modelo tradicional de força de trabalho, especialmente em funções de entrada.
Consultores e analistas, como Harshvi Shah e Jessica Moran, relatam que a IA tem sido uma aliada em suas rotinas, permitindo que se concentrem em tarefas mais complexas e interações com clientes. No entanto, especialistas alertam que a dependência excessiva da IA pode levar à perda de habilidades críticas, uma preocupação que se reflete em diversos setores.
A discussão sobre o impacto da IA no local de trabalho continua, com a necessidade de um equilíbrio entre a automação e o desenvolvimento de habilidades humanas. Os empregadores devem repensar como avaliam os jovens trabalhadores, considerando a nova realidade imposta pela tecnologia.