- O jubileu de cinquenta anos da independência de Angola, celebrado em onze de novembro, traz reflexões sobre a trajetória do país; Ngola Kabangu, veterano da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), destaca que houve muitos erros, mas que a luta pela liberdade foi válida, enfatizando reconciliação e educação para as novas gerações.
- Kabangu, de oitenta e dois anos, afirma que os jovens têm papel crucial em corrigir os erros dos mais velhos, aprendendo com o passado; a construção de uma Angola unida e estável depende da participação democrática e da melhoria das condições de vida.
- O veterano faz apelo à juventude para não repetir os erros do passado; a participação democrática deve incluir educação e melhores condições de vida, pois participar é apresentar ideias e projetos; critica a falta de espaços de intervenção democrática e pede maior abertura ao diálogo.
- Sobre o futuro, ele reconhece os esforços do governo, mas defende um reconhecimento mais amplo dos fundadores da independência; elogia a condecoração dos subscritores dos Acordos de Alvor pelo presidente João Lourenço, considerado passo positivo no âmbito da reconciliação; Visão de uma Angola mais solidária e desenvolvida, longe de conflitos.
O jubileu de cinquenta anos da independência de Angola, celebrado em 11 de novembro, traz à tona reflexões sobre a trajetória do país. Ngola Kabangu, veterano da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), destaca que, apesar dos “muitos erros” do passado, a luta pela liberdade foi válida. Em declarações, Kabangu, de 82 anos, enfatiza a importância da reconciliação e da educação para as novas gerações.
O veterano reconhece que os jovens têm o papel crucial de corrigir os erros dos mais velhos. “Com um pouco mais de sabedoria, as gerações mais jovens devem aprender com o passado”, afirma. Para ele, a construção de uma Angola unida e estável depende da promoção da participação democrática e da melhoria das condições de vida.
Chamado à Juventude
Kabangu faz um apelo à juventude para que não repita os erros do passado. Ele ressalta que a verdadeira participação democrática vai além de ações de vandalismo, devendo incluir reivindicações por educação e melhores condições de vida. “Participar é apresentar ideias e projetos”, orienta.
Além disso, o veterano critica a falta de espaços de intervenção democrática e pede ao governo maior abertura para o diálogo. “É preciso que haja honestidade e mais debates”, destaca. Para os próximos 50 anos, sua visão é de uma Angola mais solidária e desenvolvida, afastando-se de conflitos internos.
Reflexões sobre o Futuro
Kabangu também comenta sobre as comemorações do jubileu, reconhecendo os esforços do governo, mas sugere que poderia haver um reconhecimento mais amplo dos fundadores da independência. Ele elogia a condecoração dos subscritores dos Acordos de Alvor pelo presidente João Lourenço, considerando um passo positivo no processo de reconciliação.
Em suma, o veterano da FNLA acredita que a construção de uma nação se dá passo a passo, e que é fundamental que as novas gerações sejam protagonistas desse processo. “Vamos caminhando de mãos dadas”, conclui, reforçando a necessidade de um novo discurso que promova a paz e a unidade no país.