- Reuniões em Abu Dhabi entre o secretary of defense dos EUA, Dan Driscoll, e uma delegação russa, com possível participação de Kyrylo Budanov; as conversas continuam na terça.
- O plano original dos EUA tinha 28 pontos, criado a partir de conversas entre Witkoff e Kirill Dmitriev; a Rússia ainda não aprovou a versão mais recente.
- O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que qualquer versão modificada do plano deve refletir o espírito e a letra do acordo discutido entre Trump e Putin em Anchorage, na viagem de agosto.
- Zelenskyy sinalizou momentos difíceis e pressão para assinar o acordo; Driscoll informou aliados sobre o plano durante briefings em Kyiv.
- Ataques russos durante a noite atingiram Kyiv e áreas próximas, com mortes em Kyiv, segundo o prefeito Vitali Klitschko; Moscou mantém avanços militares enquanto as negociações seguem.
Em Abu Dhabi, delegações de EUA e Rússia, com participação potencial da Ucrânia, discutem um acordo de paz para encerrar o conflito na Ucrânia. O encontro ocorre após conversas em Zurique e novas iterações do plano de 28 pontos dos EUA. O objetivo é avançar nas negociações, com a pressão de Washington e de aliados europeus.
O secretário de Defesa dos EUA, Dan Driscoll, encabeça a delegação americana e coordena com a Casa Branca. A presença de Kyrylo Budanov, chefe da inteligência ucraniana, é prevista, mas ainda não confirmada em reuniões diretas com Moscou. A identidade da delegação russa não foi oficialmente anunciada.
Os encontros se seguem a uma rodada em Zurique, onde representantes de EUA e Ucrânia revisaram a versão do plano americano. Moscou não aprovou a versão mais recente e não sinalizou concordância com várias concessões propostas. Diplomatas ressaltam que o texto permanece aberto a negociações.
Desdobramentos diplomáticos
A postura russa mantém foco em assegurar o que considera seus interesses máximos, dificultando compromissos. Putin reafirmou, indiretamente, que qualquer acordo deve refletir o espírito do encontro com Trump em Alaska, segundo fontes oficiais.
Paralelamente, líderes europeus acionam diferentes frentes para manter o diálogo. Oito dias de negociações são avaliados como decisivos por autoridades de países aliados, que pedem uma solução que preserve soberania e integridade territorial da Ucrânia.
Contexto da ofensiva
Enquanto as negociações avançam, ataques russos noturnos atingem Kyiv e cidades vizinhas. Zelenskyy informou mortes na capital e pediu rapidez nas ações diplomáticas para impedir novas ações ofensivas. Ainda não há confirmação de suspensão de hostilidades.
Em Kyiv, autoridades municipais confirmaram vítimas em ataques recentes. O atendimento às vítimas e a avaliação de danos seguem em andamento, com coordenação entre autoridades locais e equipes de resgate. A situação humanitária permanece desafiadora.