- O conflito entre Israel e Gaza continua; a economia de Gaza encolheu 87% em 2023-2024, com PIB per capita de US$ 161.
- O custo de reconstrução é estimado em mais de US$ 70 bilhões ao longo de várias décadas, conforme relatório da agência de desenvolvimento das Nações Unidas.
- O cessar-fogo apoiado pelos EUA, em vigor desde outubro, permanece frágil; desde o início da trégua, pelo menos 342 palestinos foram mortos por fogo israelense e Israel sofreu a morte de três soldados.
- Hamas e Jihad Islâmica afirmam entregar restos de mais um refém, conforme o acordo; atraso na entrega é visto como violação da trégua.
- Desafios incluem a implementação do plano de Gaza de Donald Trump e as incertezas sobre a reconstrução de longo prazo, com necessidade de grandes gastos para infraestrutura e serviços.
A trégua apoiada pelos EUA entre Israel e Hamas, válida desde outubro, permanece frágil e enfrenta desafios de implementação. Desde o início do cessar-fogo, autoridades de Gaza apontam mais de 340 mortos por fogo israelense. Em Israel, três soldados teriam morrido em combates com milícias desde o acordo.
A continuidade do acordo depende de entregas de reféns e de avanços no plano de implementação. Hamas e Jihad Islâmica indicaram que vão entregar restos de um refém israelense conforme o memorando, mas o atraso nesse ponto é visto como violação pela parte israelense.
Análise de contexto aponta que a economia de Gaza está em colapso após a ofensiva e enfrentamentos. Dados indicam queda de 87% no PIB de 2023-2024, com o PIB per capita em US$ 161, um dos menores do mundo. A Cisjordânia também sofre com violências, expansão de assentamentos e restrições de mobilidade de trabalhadores.
A atuação militar israelense e as restrições impostas limitam as receitas públicas e dificultam serviços essenciais. A ONU e agências associadas destacam necessidade de grandes gastos para reconstrução e assistência humanitária, com estimativas acima de US$ 70 bilhões ao longo de décadas.
O relatório destaca que dificuldades de financiamento, retenção de transferências fiscais e queda de arrecadação prejudicam o governo palestino. Mesmo com ajuda internacional, a recuperação econômica pode demorar décadas para retornar a níveis pré-outubro de 2023.
O conflito de longo curso teve início após ataques de Hamas e do grupo que o acompanha, em 7 de outubro de 2023. Ao longo do período, milhares de mortes civis ocorreram e muitos corpos permanecem embaixo de escombros, incluindo vítimas da última ofensiva.