Meloni aceita reconhecer Estado da Palestina, mas impõe condições específicas

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou nesta terça-feira, 23, que não se opõe ao reconhecimento da Palestina, mas impôs duas condições: a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e a exclusão desse grupo do governo palestino. A declaração foi feita durante sua visita a Nova York, onde discursará na Assembleia Geral da ONU.

A posição de Meloni surge em meio a protestos massivos na Itália, onde milhares de manifestantes exigiram ações contra o que consideram um genocídio em Gaza. A primeira-ministra, do partido Irmãos da Itália, foi criticada pela oposição por seu silêncio anterior diante da escalada do conflito. Em resposta, ela anunciou que sua coalizão apresentará uma moção no Parlamento, estabelecendo as condições para o reconhecimento da Palestina.

França, Reino Unido e outras nações também reconheceram a Palestina recentemente, buscando pressionar Israel a encerrar a guerra em Gaza. A situação se agravou após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.219 israelenses, a maioria civis. Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva que, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, resultou na morte de mais de 65.300 palestinos.

Meloni destacou que o reconhecimento da Palestina, sem um Estado que possua atributos de soberania, não resolveria os problemas da região. A declaração da primeira-ministra reflete a complexidade da situação e as tensões políticas tanto na Itália quanto no cenário internacional.