- A Câmara retirou de pauta a Medida Provisória 1.303/25, essencial para o governo Lula, com 251 votos a favor da retirada e 193 contra, tornando inviável a análise pelo Senado, pois vence às 23h59.
- A MP visava aumentar tributos para compensar a queda do IOF, com expectativa inicial de arrecadação de R$ 35 bilhões, reduzida para R$ 17 bilhões após alterações.
- Lindbergh Farias acusou Tarcísio de Freitas de articulação nos bastidores para derrubar a MP; o governador de São Paulo negou envolvimento.
- Gleisi Hoffmann manifestou indignação, dizendo que os votos contrários representam oposição aos interesses do país e da população, enfatizando resistência de elites em pagar impostos.
- A retirada é vista como revés para o governo, que enfrentou dificuldade na comissão mista, onde o texto foi aprovado por 13 a 12, elevando preocupações sobre a capacidade de implementar propostas fiscais e ampliar investimentos sociais.
A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (8) retirar de pauta a Medida Provisória 1.303/25, crucial para o governo Lula, que buscava aumentar a arrecadação para compensar a queda do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A votação resultou em 251 votos a favor da retirada e 193 contra, o que inviabiliza a análise da proposta pelo Senado, já que a MP perde validade às 23h59.
A MP, editada em junho, pretendia elevar tributos, inicialmente estimando uma arrecadação de R$ 35 bilhões, que foi reduzida para R$ 17 bilhões após alterações. O líder do PT, deputado Lindbergh Farias, acusou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de atuar nos bastidores para derrubar a proposta. Tarcísio negou as acusações, afirmando que não esteve envolvido nas articulações.
Repercussões da Derrota
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, manifestou sua indignação, afirmando que os votos contrários à MP representam uma oposição aos interesses do país e da população. Ela destacou que a elite rica resiste a pagar impostos e a contribuir para políticas públicas.
A retirada da MP é vista como um revés significativo para o governo, que já havia enfrentado dificuldades para aprovar o texto na comissão mista, onde passou por uma votação apertada de 13 a 12. A situação levanta preocupações sobre a capacidade do governo em implementar suas propostas fiscais e garantir recursos para investimentos sociais.