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Meio século depois, a luta persiste nas palavras e artes dos dredas de Angola

Artistas em Luanda, durante DIPANDA 50, criticam a elite, a saúde e a fuga de capitais, projetam Angola para 2075 e defendem cidadania e educação cívica

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Notícias ao Minuto
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  • Em Luanda, durante DIPANDA 50, artistas discutiram a situação de Angola e perspectivas para 2075, com críticas à elite, à saúde e à fuga de capitais.
  • O rapper MCK, nascido em 1981, afirmou que a independência foi marco histórico, mas deixou saldo negativo em áreas essenciais, como a saúde; disse que muitos presidentes buscaram tratamento fora do país, evidenciando fragilidade do sistema local e defendeu cidadania e educação cívica.
  • Luaty Beirão, rapper e ativista, questionou a chamada “guerra social” e ressaltou a necessidade de investir na educação das crianças, destacando que a próxima década será crucial para Angola.
  • Orlando Sérgio, ator e encenador, comentou que a geração que conquistou a independência não soube aproveitar oportunidades, houve expatriamento de riquezas, e pediu que as novas gerações aprendam a viver em liberdade e construir um futuro melhor.
  • Gégé Mbakudi, artista plástico, definiu o conceito de “dreda” como alguém que se adapta e busca soluções; destacou a expectativa de que, em cinquenta anos, Angola seja uma versão muito melhor de hoje, mantendo a luta por transformação social.

Artistas angolanos se reuniram em Luanda durante o evento DIPANDA 50, que celebra os 50 anos da independência do país, para discutir a situação atual de Angola e suas perspectivas para 2075. As críticas à elite, ao sistema de saúde e à fuga de capitais foram temas centrais nas falas dos participantes, que expressaram suas preocupações sobre o futuro da nação.

O rapper MCK, nascido em 1981, destacou que a independência trouxe um “marco histórico”, mas também um saldo negativo em áreas essenciais, como a saúde. Ele mencionou que todos os presidentes angolanos buscaram tratamento médico fora do país, evidenciando a fragilidade do sistema de saúde local. Para MCK, a luta agora deve ser pela cidadania e pela educação cívica, enfatizando a necessidade de um povo ativo e consciente.

Críticas e Reflexões

Luaty Beirão, rapper e ativista, também trouxe à tona a insatisfação social que persiste mesmo após cinco décadas de independência. Ele questionou como é possível que, após tantos anos, a população ainda enfrente uma “guerra social”. Beirão ressaltou a importância de investir na educação das crianças, alertando que a próxima década será crucial para o futuro de Angola.

Orlando Sérgio, ator e encenador, refletiu sobre a liberdade e a responsabilidade que ela traz. Ele acredita que a geração que conquistou a independência não soube aproveitar as oportunidades, expatriando riquezas e deixando o país em uma situação delicada. Para ele, é fundamental que as novas gerações aprendam a viver em liberdade e busquem construir um futuro melhor.

O Papel do “Dreda”

Gégé Mbakudi, artista plástico, definiu o conceito de “dreda” como alguém que se adapta e busca soluções diante das dificuldades. Ele espera que, em 50 anos, Angola seja uma versão muito melhor do que é hoje. Os artistas presentes no evento concordam que a luta pela transformação social e pela construção de um futuro mais digno para todos os angolanos deve continuar, refletindo a essência da independência conquistada.

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