- A indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal, feita por Luiz Inácio Lula da Silva, é questionada por reputação ilibada e notável saber jurídico diante de documentos internos da Advocacia-Geral da União que mostraram alerta sobre irregularidades em 2024 e recomendação de intervenção que não foi cumprida.
- Messias, que chefiou a AGU, é acusado de privilegiar sindicatos alinhados ao PT, como Sindnapi e Contag, enquanto não ter atuado sobre denúncias contra a gestão petista; após ampla cobertura, teriam sido tomadas medidas contra essas entidades.
- A gestão de Messias na AGU é alvo de críticas por supostamente defender o governo mais do que a imparcialidade institucional, com o chamado Ministério da Verdade recebendo denúncias contra opositores e rejeitando queixas envolvendo membros do governo.
- A atuação também gerou controvérsia por resposta a jornalistas, como Alexandre Garcia, que questionaram o governo durante desastres naturais; Messias processou Garcia, reacendendo debate sobre limites entre crítica e intimidação estatal.
- As informações divulgadas alimentam desconfiança sobre a indicação ao STF, já que a reputação ilibada é requisito constitucional, especialmente ante a possibilidade de Messias responder a um processo administrativo disciplinar em vez de seguir para sabatina.
A indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem gerado polêmica devido a questionamentos sobre sua reputação ilibada e notável saber jurídico. Documentos internos da Advocacia-Geral da União (AGU) revelaram que Messias foi alertado sobre irregularidades em 2024 e recebeu recomendações de intervenção, mas não tomou as devidas providências.
Messias, que chefiou a AGU, é acusado de privilegiar sindicatos alinhados ao PT, como o Sindnapi e a Contag, enquanto ignorava denúncias contra a gestão petista. Somente após a crescente cobertura midiática, ele adotou medidas contra essas entidades, que estavam implicadas em descontos indevidos de valores milionários a idosos, situação que perdurou por mais de um ano.
Atuação Controversa na AGU
Durante sua gestão, Messias transformou a AGU em um órgão que, segundo críticos, atuou mais como defesa do governo do que como uma instituição imparcial. O chamado Ministério da Verdade, criado sob sua liderança, foi responsável por acatar denúncias contra opositores, mas rejeitar todas as queixas que envolviam membros do governo. Essa atuação levanta preocupações sobre o uso da máquina pública para fins políticos.
Além disso, Messias enfrentou críticas por sua resposta a jornalistas, como Alexandre Garcia, que questionaram a atuação do governo durante desastres naturais. Ele processou Garcia, gerando debates sobre os limites entre crítica e intimidação estatal. A reação de Messias às revelações da série Twitter Files Brasil, que expuseram práticas questionáveis do STF, também mancharam sua imagem, com acusações de que ele tentava desestabilizar a liberdade de imprensa.
Implicações para a Indicação ao STF
Com a revelação das omissões e ações questionáveis de Messias, sua indicação ao STF passa a ser vista com desconfiança. A exigência constitucional de uma reputação ilibada para os ministros do STF está em jogo, especialmente considerando que Messias deveria estar respondendo a um processo administrativo disciplinar, ao invés de se preparar para uma sabatina no Senado. As próximas etapas de sua indicação prometem ser intensamente debatidas, à medida que mais informações sobre sua gestão na AGU vêm à tona.